+CONSCIÊNCIA - Dia da Mulher Negra
No dia 25 de julho é comemorado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Essa data, para alguns, não é necessariamente uma novidade. Na verdade, aqui no Brasil, o movimento negro já celebra esse dia com muito orgulho da mulher negra e da potência feminina.
No entanto, foi somente este ano que a data foi instituída no calendário comemorativo nacional. O 25 de julho é oficialmente o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A autora da proposta, ex-senadora Serys Slhessarenko, destacou a necessidade de visibilizar histórias de símbolos femininos. “As mulheres carecem de heroínas negras que reforcem o orgulho de sua raça e de sua história”, afirma. Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no Mato Grosso e lutou pela liberdade de negros, negras e indígenas refugiados. Tereza esteve à frente do quilombo de Quariterê por duas décadas que sobreviveu até 1770. Ela e outras heroínas negras foram apagadas da história da construção do nosso país.
Além de destacar a representação negra feminina, o 25 de julho deve ser considerado também para refletirmos sobre a situação da mulher negra que, compõe uma grande parte da população no Brasil, mas vive na desigualdade. São elas (nós) as mulheres negras que tem o pior atendimento médico, que ganham o menor salário, tem a menor taxa de escolaridade etc. Por isso, é necessário criarmos espaços para o debate e visibilizarmos iniciativas da sociedade civil e do estado para a promoção da igualdade, combate ao racismo e sexismo.
Texto: Luana Dias Fonte: Câmara dos Deputados e Portal Geledés – Instituto da Mulher Negra
