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OLD VINYL - Hyldon

Um dos grandes representantes da Soul Music Brasileira (ao lado de Tim Maia e Cassiano), o cantor, violonista e compositor baiano Hyldon nasceu em 17 de Abril de 1951 em Salvador - Bahia e aos seis meses de idade foi morar em uma cidade do sertão baiano, chamada “Senhor do Bonfim”, quase fronteira com Pernambuco. Lá viveu até os sete anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro e nesta época trocou um relógio que ganhou no seu aniversário por um violão com seu Tio Dermy. Doce ironia do destino: Hyldon nunca mais usou relógio e não largou mais o violão. Sua primeira música foi gravada quando ainda estava com (17) dezessete anos e seu primo e tutor Pedrinho precisou assinar o contrato de edição por ele. A música – “Eu me enganei” – era cantada pelo argentino Robert Livi e para surpresa de todos, foi um sucesso, chegando a atingir mais de 100 mil cópias vendidas. Hyldon começou então a ser reconhecido também como compositor gravando várias canções com Jerry Adrianni, Wanderley Cardoso, Wilson Simonal, Gerson Combo, Tony Tornado, Pedro Paulo, Elizabeth, Adriana, The Fevers, Rosa Maria, Carlos José etc. À procura de novas experiências musicais, aos poucos foi abandonando o grupo de seu primo, “The Fevers”, buscando seu próprio caminho. Passou a ser muito requisitado para gravações e shows; tocou com Os Diagonais (de Cassiano), Wilson Simonal, Eliana Pittman, Tony Tornado e Tim Maia (de quem foi parceiro). Participou de festivais como intérprete e como autor chegando a tirar segundo lugar num dos festivais mais importantes daquela época o Festival de Juiz de Fora, defendendo uma música do compositor Hélio Matheus - Mês de fevereiro. Fez amizade com Cassiano e Tim Maia que o incentivaram muito a gravar suas música cantando. Começou então a separar material e fazer os arranjos. Depois de quatro anos de preparação, estava pronto pra gravar seu primeiro disco autoral, procurou mostrar para algumas gravadoras, mas depois de algumas respostas negativas concluiu que melhor caminho para gravar um disco próprio seria produzindo-o, decidiu procurar Jairo Pires (Polydor) e Mazola (Philips), selos que pertenciam a Polygram, hoje Universal para iniciar uma nova fase. Essa nova faceta em sua vida, a de produtor musical, lhe ajudou muito. Com a experiência que ganhou nos estúdios, podia de antemão imaginar o som que buscava. Começou a participar da produção de diversos nomes consagrados como: Wanderléa, Erasmo Carlos, Wilson Simonal, Luís Melodia e Odair José Em 1975 um pouco depois do lançamento do seu primeiro disco que apesar do sucesso continuava sendo preterido nas verbas promocionais da sua gravadora, decidiu passar uns dias nos EUA, uns dias que viraram meses, a cidade escolhida foi Nova York pra ver shows dos seus ídolos, The Temptations, Al Green, Diana Ross, The Supremes ao vivo no Apollo Theatre no Harlem, templo sagrado do Soul Music. Três artistas negros afro-americanos marcaram profundamente a vida do nosso artista, Ray Charles, Stevie Wonder e Marvin Gaye e foi o show desse último que mais marcou na sua viagem; Marvin Gaye no Rádio City Theatre – Acompanhado de orquestra e mais a sua banda, Marvin Gaye surgia do chão alinhadíssimo num terno branco cantando What’s goin’on. Nesse dia Hyldon chorou de emoção. Morrendo de saudade da família, dos amigos, da comida e fugindo do frio, Hyldon resolveu voltar dispensando um convite da Gravadora Polydor para gravar em Inglês, trouxe na bagagem um álbum duplo do Earth, Wind and Fire e presenteou cópias para seus amigos músicos inclusive, Caetano Veloso Caetano Veloso, que inspirado nesse grupo chamou a Banda Black Rio para gravar aquele disco que tem Odara e Gilberto Gil que compôs “Palco” e gravou com um som bem próximo do E.W.&F. Hyldon e Tim Maia tinham gostos apostos enquanto o síndico preferia Ohio Players (Banda pouco conhecida no Brasil) Hyldon simplesmente achava a banda de Maurício White melhor até por que era latente no som da banda a influencia da música brasileira e ele sempre foi apreciador dessas quebras de protocolos musicais. Influenciado também pela era Disco que viu nascer na matriz, gravou a música “Estrada errada” no seu segundo álbum: "Deus, a Natureza e a Música" e compôs com o Síndico “A fim de voltar” para o Tim Maia Disco Club, o disco que tem sua guitarra em todas as faixas e a marca do seu balanço ficou perpetuado na dançante “Sossego”. No momento, Hyldon trabalha na divulgação do seu novo CD “Soul Brasileiro” e acaba de lançar seu mais novo DVD ao vivo.Zé Menezes, Karla Sabah, Alessandra Verney, Zé Américo, num total de 35 pessoas, divididas pelas 14 canções inéditas do CD.

Publicado por Antonio Consciencia.

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