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HISTÓRIA DA PEQUENA ÁFRICA - Mães de Maio

A Pequena África foi um local de resistência Negra. Nesse mês em que homenageamos as mães, não poderíamos deixar de lembrar destas e muitas outras que perderam seus filhos de forma covarde e ainda assim continuam resistindo na luta por justiça.“Vamos parar de falar que acabou pois não acabou, senão a gente não estaria aqui. Se acabou, foi para a burguesia. Aliás, a escravidão também nunca acabou. A senzala de hoje é a periferia”, diz Debora da Silva Maria, fundadora e coordenadora do Movimento Mães de Maio sobre a ditadura. O movimento militar desde 2006 contra o genocídio da juventude pobre e negra.Há pouco mais de três anos, o chamado "estado democrático de direito", por meio de seus agentes policiais e pára-militares, promoveu um dos mais vergonhosos escândalos da história brasileira. Durante o mês de maio de 2006, em uma suposta resposta ao que se chamou na imprensa de "ataques do PCC", foram assassinadas no mínimo 493 pessoas, entre mortos e desaparecidos. Sendo que a imensa maioria delas - mais de 400 jovens negros, afro-indígena-descendentes e pobres – executados sumariamente pela polícia militar do Estado de São Paulo. São centenas de mães, familiares e amigos que tiveram seus entes queridos assassinados covardemente, e até hoje seguem sem qualquer satisfação por parte do estado brasileiro: os casos permanecem arquivados sem investigação correta para busca da Verdade dos fatos; sem Julgamentos dos verdadeiros culpados (os agentes do estado brasileiro); sem qualquer proteção, indenização ou reparação por parte do estado que tirou os seus jovens. Relembramos hoje, portanto, que em apenas um episódio sangrentos só em São Paulo, QUASE 500 VÍTIMAS POBRES E NEGRAS. Isso para não falar das violências e execuções sumárias cotidianas que atingem sobretudo as periferias urbanas de todo país: uma pesquisa divulgada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, UNICEF e Observatórios de Favelas, no dia 21/07/2009, afirma que se as estatísticas permanecerem como estão, mais de 33.5 mil jovens terão sido executados no Brasil no curto período de 2006 a 2012. Os estudos ainda apontam que, os jovens negros apresentam risco quase três vezes maior de serem executados em comparação com os brancos. Tantos casos e números que são ainda mais impressionantes do que todos os absurdos cometidos durante a ditadura civil-militar brasileira pelo mesmo estado brasileiro, só que agora seus agentes matam em nome da "democracia" e da "segurança". Casos com contornos de crueldade que só mudam o endereço de região para região do país: a Chacina da Candelária e de Vigário Geral no Rio de Janeiro (1993), o Massacre de Corumbiara em Rondônia (1995), o Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), a Chacina da Baixada Fluminense (2005), a chacina do Complexo do Alemão (2007) a chacina de Canabrava, de Plataforma e a matança generalizada em Salvador na Bahia (2006-2009), entre outros tantos casos no dia-dia do povo pobre brasileiro. A imensa maioria deles sem investigação correta, muito menos punição dos seus verdadeiros responsáveis.Nomes e números que jamais conseguirão traduzir o sentimento de perda e de dor irreparável das famílias.

Referências: maesdemaio.blogspot.com.br

periferiaemmovimento.wordpress.com

REPORTAGEM: “A DITADURA CONTINUA NAS PERIFERIAS”

Postado por Sami Brasil

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